Hoje é o dia do santo mais popular no Rio de Janeiro. Para quem não sabe, 23 de abril de 303 é o dia da morte de São Jorge.
Ele nasceu na Capadócia (Turquia) e serviu como oficial no Exército Romano, chegando a ocupar altos cargos na corte do Imperador Diocleciano. Foi justamente este monarca que, ao saber da devoção do Santo Guerreiro a Jesus, passou a torturá-lo objetivando que ele renunciasse a sua fé no Deus Único. Mas ele não se entregou. A bravura e resistência do Matador de Dragões trouxe duas consequências: degolação e fama como mártir.
A notoriedade do fato foi tanta que, décadas após sua morte, as regiões do Oriente Médio e África já contavam com dezenas de igrejas e conventos dedicados a sua memória.
Na Europa, tornou-se padroeiro de diversas ordens militares, inclusive dos Cruzados. Também, muitos reis foram devotos seus. Não à toa é o santo oficial de Portugal e Inglaterra.
Em terras brasileiras, a figura de São Jorge foi associada à cultura africana. Na Bahia dizem que representa o orixá Oxossi, mas no restante do país é ligado a Ogum, entidade guerreira da mitologia Yorubá. Aqui no Brasil também existe a lenda de que a lua seria o habitat do santo.
Como se percebe, o Conde da Capadócia é sempre ligado a luta. Talvez por isso, a apreciação por ele seja grande. Não só católicos o admiram, mas muitas pessoas de outras religiões, ou até sem crença específica, também. Todo um comércio gira em torno da figura: imagens, roupas, adesivos, tatuagens são bastante vendidos por aqui. Pode se dizer que São Jorge é pop.
Já que o que abunda não prejudica, vou aproveitar a data em que muitos brasileiros estão com a mente voltada para o santo e fazer meus agradecimentos e pedidos também. Vai que ele escuta!
