terça-feira, maio 30, 2006

Verbo tar

Eu tô
Tu tá
Ele tá
Nós tamos
Vós (não existe)
Eles tão

Qual carioca não conjuga este verbo?

quinta-feira, maio 25, 2006

Vai melhorar!

Vocês não imaginam o poder dessa frase...

Estava no trem voltando para casa puto da vida, pois tinha ido até Madureira pegar um exame médico e a clínica "excepcionalmente" tinha fechado mais cedo.

Um garoto entrou distribuindo aquele já conhecido bilhetinho: Minha mãe está desempregada, tenho irmãos pequenos, o aluguél está atrasado etc...

Como ninguém deu importância ao menino - a maioria sequer pegou o papelzinho - um ambulante começou a zoar a criança: "Tá ruim, né, menor? Ninguém te dá atenção". Imediatamente o guri retrucou: "Tá ruim, mas vai melhorar".

A frase foi dita baixo, acho que só eu e quem estava ao meu lado escutamos, mas foi com uma convicção, que segundos após ele pronunciar as palavras as pessoas começaram a tirar moedas das bolsas e carteiras.

O ambulante ficou com cara de tacho, tentou até disfarçar dizendo que o menor tinha fé e blablablá, mas não deu. A vergonha por ter zoado garoto ficou estampada no rosto.

Até eu, que nada tinha a ver com a história, tirei uma grande lição: quando as coisas estiverem ruins basta dizer "tá ruim, mas vai melhorar". O mocinho que o diga. hehehe

Um ótimo fim de semana a todos!

sexta-feira, maio 19, 2006

Código DaVinci - o Filme

Tema original, não é? rs...

Não agüentando de curiosidade, pois adorei o livro, resolvi assistir o filme logo na estréia. Escolhi o cinema Palácio, no centro, porque tem mais de 800 lugares e é difícil lotar. Realmente lotar não lotou, mas esteve bem próximo disso. Cheguei 50 minutos antes da sessão começar e peguei fila para comprar ingresso. A fila para entrar na sala já saía do cinema.

Antes de entrar ainda fui lanchar. Como estava sozinho, sabia que ia arrumar um lugarzinho decente. Realmente, esperei sentado a fila inteira entrar, depois fui ao banheiro que você só pode ir depois de entregar o ingresso e ainda consegui um bom lugar, no fundo. Podia sentar do lado esquerdo da tela, como prefiro, mas o grupo de adolescentes mais barulhento da sala estava lá. Porém isso não foi nada.

O filme em si é uma boa pedida, mas está muito aquém do livro. Talvez seja porque você já sabe o que vai acontecer. Mas é por isso mesmo que a fita deveria ser cópia fiel do livro. Inventaram uns negocinhos que eu não gostei e tiraram pedaços da história. É um filme sem gênero, tem suspense, história e comédia, mas esta última é mais feliz. Tem algumas cenas engraçadas, o Lord inglês é sensacional.

Minha curiosidade foi satisfeita, mas podiam ter feito um filminho melhor. Vocês sabiam que o diretor dele é o mesmo de Splash, uma Sereia em Minha vida? Aquele onde uma sereia vai parar em Nova York. Já passou muito no cinema em casa. hehehe. Dá para notar que seu trabalho evoluiu muito, contudo, para mim ainda não chegou lá. Quero uma outra versão do livro nas telas. rs...

Um bom fim de semana a todos.

P.S. Ninguém merece assistir um filme baseado em livro ao lado de alguém que o leu e dá uma risadinha esquisita e forçada a cada cena que seja reprodução fiel da publicação. Parecia querer mostrar para todo mundo que conhecia a história... Jesus! Opa, Maria Madalena! hehehe

quarta-feira, maio 17, 2006

Sambinha de Sexta

A noite começou bem: tradicional esquenta no Isopor da Tia em frente ao posto de gasolina, na Lapa, onde a cerveja é a mais barata do circuito festivo do Rio. Estávamos eu, Susan e Daniel aguardando a Mari para irmos a Laranjeiras, numa roda de samba.

Minutos depois, digo, horas, a Mari chegou, crente que tinha feito "escova + chapinha", toda japonesa. "Ligeiramente" bronzeada, mas japonesa. rs.... Ainda veio com um papo de que era meio perdida geograficamente. Claro, estava trabalhando em Brasília, veio direto para o Rio, vestida como atriz de teatro nô, aquele onde se usa tradicionais roupas japonesas. Eu hein!

Fomos ao tal samba. Chegando lá, vimos o show e no intervalo o DJ atacou de funk. Isso mesmo, funk no meio do samba. Eu até gostei, pois sou fã dos dois estilos musicais, mas soou um pouco estranho. Enfim, me diverti, isso que importa. Ao final, puxei papo com um dos sambistas que me contou que o grupo era gaúcho. Maneiro, né? Funk com samba tocado por gaúchos...

No final, já de manhazinha, fomos a uma lanchonete forrar o estômago. Lanchonetezinha famosa, bairro da zona sul, salgadinhos custando os olhos da cara e um rato passeando entre as nossas pernas. - Hã!!! Não tem algo errado nisso? - Você deve estar perguntando. Pior que não, em plena zona sul, lanchonete bacana e o ratinho lá, tal qual aqui no subúrbio. Da próxima vez eu vou na padaria do Seu Manuel aqui da esquina mesmo que o pão com mortadela sai baratinho e os roedores já são de casa...

De qualquer forma a noite foi ótima. O camundongo pelo menos rendeu um post. :p

Juízo, hein!

sábado, maio 13, 2006

Desilusão com o Direito

Eu nunca fui muito fã de direito. Na verdade queria fazer ciências sociais, mas as pressões da família e das possibilidades profissionais me levaram a seguir o rumo das ciências jurídicas.

Desde o início da faculdade, as aulas eram um tormento. Achava tudo uma burocracia sem tamanho. Eram inúmeros os códigos, leis, portarias, decretos, resoluções etc. Sem contar na tão famigerada jurisprudência que a grosso modo é quando os tribunais dizem que tudo o que você estudou nas normas supracitadas estão errados e vale o que eles, os magistrados, dizem.

Porém, o que me fez odiar de vez a nobre, digo pobre, carreira foi uma vez quando na Secretaria do Conselho Recursal de Juizados Especiais do Tribunal de Justiça, onde trabalhava atendi a um senhor bem humilde. Ele estava vestindo uma roupa surrada, não tinha todos os dentes e parecia muito envergonhado de estar ali. Me contava que já tinha ganhado a causa no juizado, mas a empresa de telefonia recorrera da decisão e ele estava sem telefone em casa havia meses. Disse-lhe que não tinha problema, pois o advogado dele podia pedir a execução provisória enquanto o Conselho Recursal, julgava o recurso. Ele me disse que sabia disso, mas o advogado se negara a fazer porque como tinha multa diária para religar o telefone, quanto mais tempo demorasse maior seria sua porcentagem nos honorários. Isso me deu uma tristeza muito grande, pois uma pessoa estava sem telefone há meses e o advogado queria que ela ficasse mais tempo ainda só para ganhar uns trocados a mais. O senhor nem queria dinheiro, só queria seu telefone de volta. O rosto dele de impotência, diante da impossibilidade de seu aparelho ser religado rápido, está marcado na minha mente até hoje.

Nem sei quem é esse advogado, mas com certeza eu quero ser o oposto dessa pessoa, se é que posso chamá-lo de pessoa.

Outros são os defeitos da profissão, como nepotismo, corrupção, vaidade, arrogância e falta de educação de seus membros, mas nenhum desses me atingiu diretamente como o caso narrado acima. Claro que tais defeitos não são exclusivos da classe jurídica, muito menos que todos os operadores do direito sejam assim, mas é muito difícil sobreviver nesse meio sendo honesto e desinteressado. Tenho a certeza de que vou conseguir, mas também tenho a certeza de que fiz a escolha errada. Pena que o tempo não volta.

Juízo, hein!

segunda-feira, maio 08, 2006

Greve de Fome

O assunto da semana na imprensa foi a famigerada greve de fome de Anthony Garotinho - o cara é ruim até para escolher nome, putz. Assim que soube, tomei um susto, a última greve de fome que tive notícias foi a do Bispo Franciscano, feita para impedir as obras da transposição do Rio São Francisco, motivo bem nobre. Aliás, greve de fome costuma ser utilizada para causas humanitárias, altruístas.

Imaginem só: você é acusado de corrupção, apresentam várias provas e a sua resposta é se declarar vítima de perseguição política? Tudo bem que essa é a escapatória padrão dos políticos brasileiros, mas não tinha para onde fugir, ONGs recém-criadas e sem sede fecharam convênios milionários com o Governo do Estado do Rio e as mesmas doaram altas verbas à campanha do marido da governadora. Alguma coisa me diz que isso é proíbido...

Não satisfeito em não ter resposta, resolveu fazer uma greve de fome em protesto a... A que mesmo? (rs) Onde já se viu ameaçar se matar de fome para não ser julgado por desvio de verba pública? O que ele conseguiu foi passar por fraco e palhaço perante todo o país e ganhar algumas comunidades no orkut, com milhares de membros, em apoio a sua greve... Apoio para que ele não pare e morra de uma vez. Eu mesmo estou em uma. hehehe.

O instituto da greve de fome já foi utilizado por presos políticos visando condições mais humanas de encarceramento. Também já foi utilizado por Ghandi, objetivando a libertação indiana da exploração britânica. Mais recentemente aqui no Brasil, tivemos o clássico protesto do Bispo pela não transposição do Rio São Francisco, que segundo especialistas causaria transtornos ao meio ambiente e à economia local. Como se pode perceber, essa forma de manifestação é sempre utilizada, e geralmente vitoriosa, quando se trata de causas coletivas. É um ato de coragem e nobreza se sacrificar por algo que beneficiará a muitos e não a si mesmo.

O nosso manda-chuva do estado, na minha opinião, deu um tiro no próprio pé ao fazer essa greve de fome. Ninguém está preocupado com a saúde dele, pelo contrário querem mais que ele definhe até a morte. Sua esposa faz um discurso mais desastroso que o outro incentivando-o a continuar. Será que ela também quer vê-lo no caixão? Vá saber o que se passa na intimidade do lar - ô veneno... Por fim, motivo mais egoísta não existe, greve de fome por receber fundadas acusações de corrupção. É pedir para ser motivo de chacota.

Além de tudo, o fato de Garotinho contratar pseudo-militantes para ficar na porta de seu Q.G. espancando os que vão criticar a sua greve - me parece que os primeiros são remunerados pelo programa "jovens pela paz" do governo- só ressalta o caráter violento que seu governo atual tem e teria caso fosse eleito presidente. Para quem não sabe, Hitler começou sua carreira política através de uma milícia nesses moldes, agredindo seus opositores, na época os comunistas.

É meio óbvio que a mídia não vai ceder a pressão que essa greve de fome exerce. - Que pressão! rs... Garotinho, se for um homem de palavra, literalmente vai morrer de fome, como inúmeros brasileiros por aí. O problema é que ele será um suicida, e para os que têm alguma religião como eu, o suicídio traz consequências terríveis ao indivíduo, se fosse católico, nem teria direito a um enterro cristão. Acho que os motivos para essa greve são risíveis e espero sinceramente - eu não consigo desejar mal ao próximo, nem quando se trata de Garotinho - que ele desista dessa loucura. Afinal ele tem uma penca de filhos para criar e (des) educar.

Uma ótima semana a todos.

quarta-feira, maio 03, 2006

Mais uma de Garçom!

Cliente: Eu quero um cheeseburguer!
(minutos depois)
Garçom: Você quer seu cheeseburguer com queijo mesmo, ou com ovo?

Quando será que as pessoas vão aprender que o cheese, xis, x, etc na frente do burguer significam queijo?

Abraços